Nossa década ao sol
Revirando meu pc essa semana, pastas antigas de backups, achei fotos de 2010.
Numa delas eu estava com meus amigos na academia, treinando judô, tinha passado pra faixa roxa após empacar mais de 5 anos na verde, se bem que meu nível já era de preta, eu não prossegui pq sabia que o exame de faixa era caro (1 salário mínimo) e a anuidade da federação pra faixa preta tb era de 1 salário mínimo.
Estávamos lá, jovens, felizes, maioria magros, atletas, sem dinheiro algum, mas felizes e saudáveis, vivendo uma vida legal. Eu morava num ap de 2/4, com mobília que comprei usada, exceto a TV e um Xbox que um amigo me trouxe do Paraguay.
A melhor parte da casa era minha cama. Na sala, uma mesa velha, marrom escuro, quadradinha, pra 4 pessoas, mas apenas com duas cadeiras, uma diferente da outra, e um sofá velho pra duas pessoas. Quando me mudei pra esse ap, tinha que esperar meu primeiro salário cair pra poder comprar alguns móveis, pois meu cartão de crédito BB laranja só tinha 200 reais de crédito e eu estava sem dinheiro algum. Comprei uma geladeira pequena, um fogão de 4 bocas do mais barato que tinha, e um monte de pequenas coisas: pratos, copos, duas panelas, frigideira, garfos, facas, abridor de lata e etc. Foi uma época de muito crescimento pessoal e profissional.
Nesse corrente ano de 2010 eu ainda nem tinha 25 anos completos, e estava começando a minha vida profissional no centro-oeste do Brasil, sem nenhum amigo ou familiar na cidade, sem smartfone também. Comprei um carro popular pelado, com muito choro em 12 parcelas iguais e sem entrada, foi meu primeiro carro, ainda fiquei andando de ônibus por lá uns três meses até pegar ele. Nesse ano eu tinha tempo pra fazer academia (musculação, judô e inglês na cultura inglesa), além de ter que trabalhar e estudar muito, uma rotina de mais de 100h por semana. Passou rápido, e sinto muitas saudades. A conta bancária começou a cair uns 1900 reais por mês e mais alguns bicos, eu havia largado minha vida de dar aula particular, até pq mudei de cidade e seria muito difícil.
O dólar deu um vale de barato e chegou a ser negociado a R$1,61. Eu juntei tudo que tinha e mais um pouco e fui pros EUA pela primeira vez, fiquei um mês, depois de ter tirado passaporte e feito aquele visto com entrevista no consulado em Brasília. Foi a tempestade perfeita. Comprei um macbook (que usei por quase 8 anos, relógio, tênis Mizuno - antigo sonho de consumo e um kimono novo Adidas - outro sonho de consumo represado da década anterior) e assim tive as melhores férias da minha vida. Pra um novo recomeço estava perfeito.
Eu morava sozinho, estava solteiro, tinha trabalho, ganhava acho que uns R$5000 mensais e podia fazer as coisas que eu gostava, inclusive jogar vídeo game e ir pras baladas e barzinhos. Eu não fazia muitos planos pro futuro, só vivia o presente e a excitação da nova vida, também não conseguia juntar dinheiro porque nem pensava nisso, tinha uma vaga idéia do que era bolsa de valores e não fazia a menor idéia do que seria independência financeira.
O tempo foi passando e as coisas melhorando, dois anos depois eu estava trocando de carro por um sedã Honda pq comecei a trabalhar em outras cidades e pegar estradas, me senti meio inseguro no popular 2001 sem absolutamente nenhum ítem de segurança, exceto o cinto. Com um novo carro usado, e o apartamento mais habitável, minha vida foi melhorando sensivelmente, além do mais consegui viajar pra Argentina, Rio de Janeiro, Florianopólis e São Paulo. Parece que finalmente eu estava inserido no mundo. E estava mesmo. Me graduei mais uma vez no judô, competi, estava em ótima forma, fui pro avançado no inglês e já pensava em vôos mais altos nos EUA. 2010 foi um ano revolucionário pra mim, assim como 2011. Já em 2012 foi um ano de preparação para o outro futuro que me aguardava e que vocês puderam acompanhar parte dele aqui.
De 2013 pra cá, o tempo voou. Eu tive um apagão profissional lá pelo meio de 2014 com a dissolução de uma sociedade e um novo recomeço, além de um intercâmbio mais demorado nos EUA de aproximadamente cinco meses e um novo retorno ao Brasil (eu pensava em ficar por lá para sempre, de qualquer jeito), mas voltei para me dar uma nova chance e uma nova chance ao Brasil.
Lembrem que as coisas aqui ficavam cada vez mais feias, em 2013 pipocaram os protestos contra a analfabeta terrorista Dilma Roussef, e o futuro era sombrio, a crise vindoura iria vir com certeza, todo dia era escândalo na mídia e todo mundo estava bem preocupado em 2013-2014, já em 2015 a coisa azedou de vez pro país e pro governo federal. Muita gente da minha convivência já falava todo dia em vender tudo e ir pra Portugal, EUA, Espanha, Australia e etc. Eu mesmo estive num grupo de emigrantes pra Australia no whatsapp e já estava me preparando para ir.
Ao mesmo tempo eu estava trabalhando muito, ganhando bem, estudando investimentos e aportando. Aportei na bolsa de 2013-2016, num mercado totalmente de lado e em queda, amarguei -15% em 2015 mesmo investindo em boas empresas e trabalhando feito um louco. O que tive de aumento patrimonial foi meu apartamento simples aqui no norte e o carro era o mesmo. Vale lembrar que TODO o dinheiro e o patrimônio que tenho hoje, fiz na última década, de 2010 pra cá, então foi uma década abençoada para mim, se eu fizer a mesma quantidade de dinheiro na próxima década estaria maravilhoso, então é preciso ser grato com a vida, e também pelo fato de estar com a saúde em dia e a família também.
Desta feita já falei de 2010-2016 aqui, e de lá pra cá está tudo no blog.
Agora o intuito desse post não foi falar de mim, foi perguntar a você leitor:
Como foram os últimos 10 anos da sua vida? Você evoluiu muito em todos os sentidos? Progrediu materialmente, espiritualmente, profissionalmente, nos estudos? Melhorou sua relação com seus amigos, família, filhos, cônjugue, sua comunidade? Se sente incluído onde vive, tem uma relação significativa na sua comunidade? Tem um senso de pertencimento onde está? Ou ainda quer morar em outra cidade ou país? Foi suficientemente feliz nesse tempo, aproveitou a vida, construiu relações verdadeiras ou se isolou cada vez mais?
Faça o seguinte exercício, tente achar uma foto sua de 2010, estamos virando a década, é uma virada importante, entraremos nos anos 20, os mesmos do Grande Gatsby, olhe pra você na sua foto e veja quem você era e o que você se tornou hoje, dez anos depois. Foi uma boa década? Você está grato por essa década? Da mesma forma você envelheceu, não tem mais aquela idade e aquele peso 15kg a menos, e vem as vicissitudes da idade mais avançada. Daqui a 10 anos será a mesma coisa, mais 10 anos nas costas e espero que com o mesmo peso e a mesma disposição.
Falando de mim, eu acho que ainda falta muita coisa pra conquistar, sendo a principal delas poder sair do norte e voltar pra minha cidade no nordeste ou então ir pra Portugal. Eu me sinto bem com a minha família e amigos, mas aqui sou isolado. O nordestino tem uma ligação inexplicável com a terra, somos uma verdadeira nação, talvez por causa do isolamento geográfico e do pouco contato com outras regiões, mas cada dia sinto falta de morar lá, do mar, do surf, dos amigos, da comida, da água quente do mar, do camarão frito, da lagosta assada na manteiga da terra (de garrafa), do meio ambiente e das coisas que sempre quis fazer, como comprar um veleirinho ou um catamarã pequeno tipo hobby cat pra brincar na água, acampar nas falésias ou brincar de descer as dunas com um pedaço de madeira como prancha. Não é nostalgia nem volta ao passado, é uma realidade objetiva.
Com o advento próximo da minha independência financeira nos próximos três anos, esse objetivo vai ficando cada vez mais palpável e os planos já recomeçaram. Já achei um lugar pra morar, pesquisei os prédios, preços, aluguéis, lifestyle da área e admito que é tudo o que eu sempre quis, ainda mais com conforto e tempo para desfrutar. Além do mais, já faz muito tempo que fiz as pazes com a minha cidade natal, pois quando saí de lá estava de saco cheio dela, das pessoas e do meu infortúnio por lá, mas a gente sabe que as cidades não tem culpa pelas nossas vidas e pelas nossas decisões ou pela nossa própria sorte da loteria genética, de nascer bonito, saudável e numa família com alta renda.
Feitas as pazes e com uma boa renda passiva, é uma boa hora de pensar em voltar. Antes que me perguntem se vou continuar trabalhando, provavelmente sim, mas com uma carga horária bem menor e com menos compromissos fixos, e também quero aprender outras coisas como remar, velejar, toar violão e guitarra, melhorar meu inglês ainda mais, e enfim viver, voltar pro judô, pegar a faixa preta, surfar, montar uma banda de rock, ter filhos e ter uma vida menos acelerada e sem muita preocupação em ganhar mais dinheiro ou aumentar o patrimônio, com uma renda passiva de 15-20k mensais eu já estarei muito satisfeito e provavelmente com um pouco de trabalho e novos aportes menores, o principal continuará crescendo. E isso aí tudo dá pra fazer aqui ou em Portugal.
Quando olhar pra trás tente avaliar pelo menos a última década e planejar a próxima, agora já com mais idade e maturidade, ela pode ser bem melhor. Já temos kindle, smartfone, podcasts, muitos livros para baixar e milhares de cursos a distância pra fazer pelo PC, dá pra aprender muita coisa e crescer também. Temos muito mais recursos, mais fontes e tudo num preço bem mais acessível. Basta ter disciplina e trabalhar que dá pra melhorar muito, independentemente de onde você estiver ou qual for sua renda atual ou nível de estudos. A internet é a última fronteira do conhecimento e do trabalho. Tenho certeza que todos os colegas aqui da blogosfera evoluíram bastante em todos os sentidos e os demais leitores também e que nessa próxima década vários irão atingir a independência financeira.
Grande abraço a todos e Feliz Ano Novo!
Frugal
Numa delas eu estava com meus amigos na academia, treinando judô, tinha passado pra faixa roxa após empacar mais de 5 anos na verde, se bem que meu nível já era de preta, eu não prossegui pq sabia que o exame de faixa era caro (1 salário mínimo) e a anuidade da federação pra faixa preta tb era de 1 salário mínimo.
Estávamos lá, jovens, felizes, maioria magros, atletas, sem dinheiro algum, mas felizes e saudáveis, vivendo uma vida legal. Eu morava num ap de 2/4, com mobília que comprei usada, exceto a TV e um Xbox que um amigo me trouxe do Paraguay.
A melhor parte da casa era minha cama. Na sala, uma mesa velha, marrom escuro, quadradinha, pra 4 pessoas, mas apenas com duas cadeiras, uma diferente da outra, e um sofá velho pra duas pessoas. Quando me mudei pra esse ap, tinha que esperar meu primeiro salário cair pra poder comprar alguns móveis, pois meu cartão de crédito BB laranja só tinha 200 reais de crédito e eu estava sem dinheiro algum. Comprei uma geladeira pequena, um fogão de 4 bocas do mais barato que tinha, e um monte de pequenas coisas: pratos, copos, duas panelas, frigideira, garfos, facas, abridor de lata e etc. Foi uma época de muito crescimento pessoal e profissional.
Nesse corrente ano de 2010 eu ainda nem tinha 25 anos completos, e estava começando a minha vida profissional no centro-oeste do Brasil, sem nenhum amigo ou familiar na cidade, sem smartfone também. Comprei um carro popular pelado, com muito choro em 12 parcelas iguais e sem entrada, foi meu primeiro carro, ainda fiquei andando de ônibus por lá uns três meses até pegar ele. Nesse ano eu tinha tempo pra fazer academia (musculação, judô e inglês na cultura inglesa), além de ter que trabalhar e estudar muito, uma rotina de mais de 100h por semana. Passou rápido, e sinto muitas saudades. A conta bancária começou a cair uns 1900 reais por mês e mais alguns bicos, eu havia largado minha vida de dar aula particular, até pq mudei de cidade e seria muito difícil.
O dólar deu um vale de barato e chegou a ser negociado a R$1,61. Eu juntei tudo que tinha e mais um pouco e fui pros EUA pela primeira vez, fiquei um mês, depois de ter tirado passaporte e feito aquele visto com entrevista no consulado em Brasília. Foi a tempestade perfeita. Comprei um macbook (que usei por quase 8 anos, relógio, tênis Mizuno - antigo sonho de consumo e um kimono novo Adidas - outro sonho de consumo represado da década anterior) e assim tive as melhores férias da minha vida. Pra um novo recomeço estava perfeito.
Eu morava sozinho, estava solteiro, tinha trabalho, ganhava acho que uns R$5000 mensais e podia fazer as coisas que eu gostava, inclusive jogar vídeo game e ir pras baladas e barzinhos. Eu não fazia muitos planos pro futuro, só vivia o presente e a excitação da nova vida, também não conseguia juntar dinheiro porque nem pensava nisso, tinha uma vaga idéia do que era bolsa de valores e não fazia a menor idéia do que seria independência financeira.
O tempo foi passando e as coisas melhorando, dois anos depois eu estava trocando de carro por um sedã Honda pq comecei a trabalhar em outras cidades e pegar estradas, me senti meio inseguro no popular 2001 sem absolutamente nenhum ítem de segurança, exceto o cinto. Com um novo carro usado, e o apartamento mais habitável, minha vida foi melhorando sensivelmente, além do mais consegui viajar pra Argentina, Rio de Janeiro, Florianopólis e São Paulo. Parece que finalmente eu estava inserido no mundo. E estava mesmo. Me graduei mais uma vez no judô, competi, estava em ótima forma, fui pro avançado no inglês e já pensava em vôos mais altos nos EUA. 2010 foi um ano revolucionário pra mim, assim como 2011. Já em 2012 foi um ano de preparação para o outro futuro que me aguardava e que vocês puderam acompanhar parte dele aqui.
De 2013 pra cá, o tempo voou. Eu tive um apagão profissional lá pelo meio de 2014 com a dissolução de uma sociedade e um novo recomeço, além de um intercâmbio mais demorado nos EUA de aproximadamente cinco meses e um novo retorno ao Brasil (eu pensava em ficar por lá para sempre, de qualquer jeito), mas voltei para me dar uma nova chance e uma nova chance ao Brasil.
Lembrem que as coisas aqui ficavam cada vez mais feias, em 2013 pipocaram os protestos contra a analfabeta terrorista Dilma Roussef, e o futuro era sombrio, a crise vindoura iria vir com certeza, todo dia era escândalo na mídia e todo mundo estava bem preocupado em 2013-2014, já em 2015 a coisa azedou de vez pro país e pro governo federal. Muita gente da minha convivência já falava todo dia em vender tudo e ir pra Portugal, EUA, Espanha, Australia e etc. Eu mesmo estive num grupo de emigrantes pra Australia no whatsapp e já estava me preparando para ir.
Ao mesmo tempo eu estava trabalhando muito, ganhando bem, estudando investimentos e aportando. Aportei na bolsa de 2013-2016, num mercado totalmente de lado e em queda, amarguei -15% em 2015 mesmo investindo em boas empresas e trabalhando feito um louco. O que tive de aumento patrimonial foi meu apartamento simples aqui no norte e o carro era o mesmo. Vale lembrar que TODO o dinheiro e o patrimônio que tenho hoje, fiz na última década, de 2010 pra cá, então foi uma década abençoada para mim, se eu fizer a mesma quantidade de dinheiro na próxima década estaria maravilhoso, então é preciso ser grato com a vida, e também pelo fato de estar com a saúde em dia e a família também.
Desta feita já falei de 2010-2016 aqui, e de lá pra cá está tudo no blog.
Agora o intuito desse post não foi falar de mim, foi perguntar a você leitor:
Como foram os últimos 10 anos da sua vida? Você evoluiu muito em todos os sentidos? Progrediu materialmente, espiritualmente, profissionalmente, nos estudos? Melhorou sua relação com seus amigos, família, filhos, cônjugue, sua comunidade? Se sente incluído onde vive, tem uma relação significativa na sua comunidade? Tem um senso de pertencimento onde está? Ou ainda quer morar em outra cidade ou país? Foi suficientemente feliz nesse tempo, aproveitou a vida, construiu relações verdadeiras ou se isolou cada vez mais?
Faça o seguinte exercício, tente achar uma foto sua de 2010, estamos virando a década, é uma virada importante, entraremos nos anos 20, os mesmos do Grande Gatsby, olhe pra você na sua foto e veja quem você era e o que você se tornou hoje, dez anos depois. Foi uma boa década? Você está grato por essa década? Da mesma forma você envelheceu, não tem mais aquela idade e aquele peso 15kg a menos, e vem as vicissitudes da idade mais avançada. Daqui a 10 anos será a mesma coisa, mais 10 anos nas costas e espero que com o mesmo peso e a mesma disposição.
Falando de mim, eu acho que ainda falta muita coisa pra conquistar, sendo a principal delas poder sair do norte e voltar pra minha cidade no nordeste ou então ir pra Portugal. Eu me sinto bem com a minha família e amigos, mas aqui sou isolado. O nordestino tem uma ligação inexplicável com a terra, somos uma verdadeira nação, talvez por causa do isolamento geográfico e do pouco contato com outras regiões, mas cada dia sinto falta de morar lá, do mar, do surf, dos amigos, da comida, da água quente do mar, do camarão frito, da lagosta assada na manteiga da terra (de garrafa), do meio ambiente e das coisas que sempre quis fazer, como comprar um veleirinho ou um catamarã pequeno tipo hobby cat pra brincar na água, acampar nas falésias ou brincar de descer as dunas com um pedaço de madeira como prancha. Não é nostalgia nem volta ao passado, é uma realidade objetiva.
Com o advento próximo da minha independência financeira nos próximos três anos, esse objetivo vai ficando cada vez mais palpável e os planos já recomeçaram. Já achei um lugar pra morar, pesquisei os prédios, preços, aluguéis, lifestyle da área e admito que é tudo o que eu sempre quis, ainda mais com conforto e tempo para desfrutar. Além do mais, já faz muito tempo que fiz as pazes com a minha cidade natal, pois quando saí de lá estava de saco cheio dela, das pessoas e do meu infortúnio por lá, mas a gente sabe que as cidades não tem culpa pelas nossas vidas e pelas nossas decisões ou pela nossa própria sorte da loteria genética, de nascer bonito, saudável e numa família com alta renda.
Feitas as pazes e com uma boa renda passiva, é uma boa hora de pensar em voltar. Antes que me perguntem se vou continuar trabalhando, provavelmente sim, mas com uma carga horária bem menor e com menos compromissos fixos, e também quero aprender outras coisas como remar, velejar, toar violão e guitarra, melhorar meu inglês ainda mais, e enfim viver, voltar pro judô, pegar a faixa preta, surfar, montar uma banda de rock, ter filhos e ter uma vida menos acelerada e sem muita preocupação em ganhar mais dinheiro ou aumentar o patrimônio, com uma renda passiva de 15-20k mensais eu já estarei muito satisfeito e provavelmente com um pouco de trabalho e novos aportes menores, o principal continuará crescendo. E isso aí tudo dá pra fazer aqui ou em Portugal.
Quando olhar pra trás tente avaliar pelo menos a última década e planejar a próxima, agora já com mais idade e maturidade, ela pode ser bem melhor. Já temos kindle, smartfone, podcasts, muitos livros para baixar e milhares de cursos a distância pra fazer pelo PC, dá pra aprender muita coisa e crescer também. Temos muito mais recursos, mais fontes e tudo num preço bem mais acessível. Basta ter disciplina e trabalhar que dá pra melhorar muito, independentemente de onde você estiver ou qual for sua renda atual ou nível de estudos. A internet é a última fronteira do conhecimento e do trabalho. Tenho certeza que todos os colegas aqui da blogosfera evoluíram bastante em todos os sentidos e os demais leitores também e que nessa próxima década vários irão atingir a independência financeira.
Grande abraço a todos e Feliz Ano Novo!
Frugal
Retorno-lhe o abraço e os votos de um Feliz 2020!
ResponderExcluirPra vc tb West! Vamos com tudo!
ExcluirFala Frugal! Os anos passam rapido, parece que tudo que passamos foi ontem, o tempo é implacável mesmo! Um abraço e feliz 2020!
ResponderExcluirGrande abraço Silesi! Feliz 2020!!
ExcluirFrugal,
ResponderExcluirTambém sou do Nordeste e sinto o mesmo que você sentia por sua cidade. A vontade de sair e tentar algo novo em outro lugar é grande, mas no fim das contas é aqui onde crescemos, temos nossa família, amigos. É um ótimo lugar pra você viver e curtir a aposentadoria, mas profissionalmente as oportunidades são poucas e a violência cresceu muito. Tem que pesar na balança o que é mais importante. Num futuro ainda penso em imigrar para outro estado ou até mesmo outro país, eu prefiro viver um dia de cada vez, no momento certo as portas se abrem e você toma sua decisão.
Abraço e feliz 2020!
Nunca fiz amigos aqui, tenho a minha família mas tenho um irmão com necessidades especiais graves que necessitaria de uma estrutura inexistente aqui no interior. Isso me faz ter mais raiva e menos gosto por aqui, viver com uma pessoa assim no meio do nada é exaustivo e humilhante.
ExcluirEu estou muito ansioso com um dia que sairei daqui e também nl dia em que eu tenha dinheiro o suficiente para dar à minha mãe e ao meu irmão vidas dignas.
Olá Frugal,
ResponderExcluirEu posso dizer com todas as letras que os anos 2010 foram a pior década da minha vida. Foi a década que eu percebi como funcionava o mundo e descobri o quanto a vida pode ser difícil para um jovem como eu, pardo, pobre, feio e imerso em um ambiente de pobreza com pessoas que respiram e propagam pobreza do espírito. Eu não tenho nenhuma foto de 2010 - o quão f*d*d*o eu sou, mas acho que em 2010 eu estava no zero (saindo da infância) e fui parar agora no -10 da corrida da vida.
Diferentemente de você eu não tenho nenhuma ligação com minha própria terra natal, que também é o Nordeste. Aqui no interior é tudo muito difícil, tudo muito alheio ao resto do Brasil. As pessoas são trabalhadoras? São, ao mesmo tempo que detestam com todas as forças a possibilidade de alguém que veio deles subir na vida. A mentalidade de pobreza e neocoronelista impera por aqui. Além do clima quente insuportável que só deixa você mais feio. Quero sair o quanto antes daqui, acho que não tem como criar afeição com um local que você passou os piores anos de sua vida. Não tenho carinho algum.
Essa década se resumiu a dificuldades e depressão, pensamentos suicidas e tudo mais. 2009 foi o ano em que tudo começou a desmoronar na minha vida e na vida da minha família. Essa saudade toda da sua terra é o resultado de uma infância e adolescência pobres, mais feliz. Eu não tive isso, é um inferno desde que me entendo por gente. Na inocência da infância sim, mas depois não. Até tentei fazer capoeira uma vez na infância só que fiquei muito irritado com os bobalhões metidos a profissionais que em vez de ensinar os golpes, riam da minha cara. Por isso não sou amistoso com artes maciais. Eu já me sentia um lixo em casa, não era obrigado a ir em um canto jogarem mais lixo em mim ainda.
Quarta-feira começa uma década nova. Estou simplesmente apostando todas as minhas esperanças nela. Quero que as coisas mudem. Entrar na universidade, trabalhar, viajar, fazer um intercâmbio, tentar viver uma vida normal e sair da pobreza. Sair da pobreza. Sair da pobreza. Sair da pobreza! Vou ter sempre essas sequelas desse início difícil da vida. É inevitável. Mas é a década em que posso fazer isso.
Penso no futuro demais pois odeio meu passado. Não tenho nem orgulho dele. Meu presente também (pelo menos até janeiro de 2020) é um inferno e não há nada que eu possa fazer. Eu não quero ser mais um carpe diem, não mesmo. Espero que em 2030 eu esteja em um patamar melhor que agora porque é muito difícil falar essas coisas. Até porque esse será o último ano que darei chance na minha vida. Se nada de bom acontecer em 2020, goodbye!
Feliz década nova!
E antes que digam que só sei reclamar, estou aguardando o resultado do ENEM. Portanto, eu acho que virá coisas boas. Mas isso não apaga o que eu sinto em relação aos anos 2010. Muito sofrimento que quero esquecer! Não terei um pingo de nostalgia dessa época.
ExcluirOlá Anônimo,
ExcluirSempre temos a chance de escrever novas páginas na vida, agora belas e com o sentido e propósito que dermos para ela! Claro, às vezes é preciso sorte também, mas a perseverança é um ingrediente primordial.
Procure algum auxílio de um psicólogo se possível. Só de vc estar aqui neste blog já mostra que está no caminho certo para a próxima década!
Boa jornada para ti!
Sua próxima década vai ser melhor Anon, creia, trabalhe muito, estude muito e persevere. Os primeiros 5 anos vão ser dificeis, mas depois as coisas vão melhorar. Um abraço e seja forte e determinado.
ExcluirFrugal, sei o que é ter muito é o que é ter pouco. As dificuldades que não nos mataram, nos fortaleceram. Sou grato a elas por chegar onde cheguei - e você também! Feliz 2020
ResponderExcluirÉ isso aí amigo! Feliz 2020!!
ExcluirOi Frugal, há 10 anos, eu tinha acabado de me divorciar, estava no maior deprê. Hoje sou casada, tenho 2 filhas e daqui a alguns anos, prestes a alcançar a minha independência financeira. Como a vida muda, não? Dez anos é muita coisa e ao mesmo tempo passa rápido demais, se entendermos que a cada dez anos podemos ter um renascimento, nossa vida poderá ser muito diferente, para melhor! Um 2020 de muita luz para nós! Yuka.
ResponderExcluirQue maravilha Yuka! Vc deu mesmo a volta por cima e hoje tem dois tesouros em casa e está no caminho certo pra independência financeira. Foi uma década abençoada pra vc também. Tudo de bom no ano novo e na nova década! =***
ExcluirRealmente... se formos levar em consideração os últimos anos... muitas coisas mudaram... muitas mesmo...
ResponderExcluirQuanto ao final de ano....Espero que possamos ter um 2020 melhor ainda que 2019... não sei se você chegou a conferir mas, além de um post em retrospectiva, eu remodelei o layout do meu blog. Espero que seja do vosso agrado... se quiser o link rápido pra retrospectiva e opinar sobre o layout eu ficaria agradecido.... segue o link abaixo:
http://www.intendentefrugal.com/2019/12/retrospectiva-de-2019-r-9829309-de.html
É isso aí! Que 2020 nos traga excelentes resultados e que Deus nos abençoe!
Forte abraço,
IF
Vou conferir lá Intendente! Grande abraço e feliz ano novo!
ExcluirOpa Frugal, bela sua história.
ResponderExcluirMuita coisa mudou nesta década para mim. Encontrei a minha companheira, mulher que vale ouro em todos os aspectos.
Sai daquela mentalidade de gastos e curtição para foco na FIRE. Tenho até um certo privilégio em morar e gostar deste país, pois o mesmo é de primeiro mundo, MAS meu lugar em um futuro próximo e no nosso amado Brasil. Só quem saiu dai realmente aprende a dar valor a nossa cultura e raízes.
Que essa nova década seja de muita luz, amor, realizações a todos nós.
Sucesso!!!
Falou tudo.
Excluirmt bom Samurai! Uma boa companheira e viver num país decente. Fico feliz por vc. Vencedores vencem em qualquer lugar. Qnd puder volte, nem que seja pra passar uma temporada. Feliz 2020!
ExcluirOlá Frugal, realmente essa reflexão é muito boa, eu segui o seu conselho e fui olhar algumas fotos de 2010, foi um ano de muito crescimento pra mim, foi o ano que sai do interior e fui pra São Paulo, fazer prova da ANCORD para AAI, estava na faculdade e pensando em mudar de área, ainda morava na cidade natal, mas se não me engano já morava com a futura esposa, ainda participava de CTG e bloco de carnaval, foi uma época de muitas viagens, aprendizados e grandes mudanças. De lá pra cá muita coisa aconteceu, e nos últimos 5 anos me estabeleci onde estou hoje, criando raízes e com um ritmo muito mais lento, mas é sempre bom rever nossa trajetória e fazer novos planos.
ResponderExcluirAbraços e feliz 2020!
Que bacana Bilionário! E hj como vc está? trabalhando com o mercado? Fez cfp? ou tá num banco? Essa área vai melhorar muito no Brasil. Parabens pela jornada!
ExcluirInfelizmente não, acabei voltando pra minha atividade principal (TI) depois de um tempo trabalhando como AAI, eu trabalhei fortemente com análise estatística no escritório em que me associei na época que comecei, aprendi muito, mas vi que as estratégias era mais boas para nós (corretora) do que para os clientes, e fora que peguei uma época meio ruim de bolsa, enfim, área de TI sempre tem muita oportunidade, só olhar que as marcas mais famosas hoje são Google, Apple, Microsoft, Facebook, voltei e estou até hoje com TI, apenas como investidor mesmo.
ExcluirNo momento não penso em voltar a ser AAI, se for pra voltar, queria ser gestor de um fundo, mas tem um longo caminho pra chegar a isso, mas quem sabe um dia né? Abraços
Lembrei agora que fiz um post do meu início nos investimentos, se quiser ver: https://bilionariodozero.blogspot.com/2019/11/meu-inicio-nos-investimentos.html
ExcluirEu sou novo, tenho 23 anos. Acho que a minha década será agora em 20-30. Meu Des. Pessoal começou a 2 anos, e confesso que já estou satisfeito com os resultados, e se Deus permitir o futuro será muito bom, recheado de conquistas.
ResponderExcluirPeão, dos 23 aos 33 é uma época muito massa. Toda a força da juventude e a disposição, é sair da primeira pra quarta marcha na vida. Pelo que vi no seu blog, já está tudo encaminhado, é só cuidar pra não fazer nenhum movimento brusco e se livrar de furadas. Feliz ano novo!
ExcluirFrugal,
ResponderExcluirGosto da maneira como escreve. Sempre inspirador e reflexivo.
Feliz 2020!
Parabens pela trajetória e pela memória (RsRsRs) da última década. Pra vce ver: uns muitos se queixam de uma década perdida e outros, apesar do Brasil, permaneceram firmes e em ascensão prontos a alcançar seus merecidos ideais. Feliz 2020!!
ResponderExcluirFeliz ano novo e bora lá começar a vencer também na década de 20 !
ResponderExcluirBem legal o exercício proposto Frugal, vou fazer no meu blog.
ResponderExcluir